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Moda na pandemia: o digital veio pra ficar?

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    Projeto Entre
  • 26 de ago. de 2021
  • 3 min de leitura

Já não é novidade que a pandemia abalou a indústria da moda, não só do Brasil, mas do mundo todo. Ao ser imposto o isolamento social, junto com todas as outras medidas de segurança para controlar a propagação do vírus COVID-19, as empresas que compõem esse setor fizeram uma reflexão sobre como prosseguir com esses novos protocolos.



Por Gabriela Vasconcelos


Afterworld: The Age of Tomorrow. Dimension Studio/www.dimensionstudio.co

Já não é novidade que a pandemia abalou a indústria da moda, não só do Brasil, mas do mundo todo. Ao ser imposto o isolamento social, junto com todas as outras medidas de segurança para controlar a propagação do vírus COVID-19, as empresas que compõem esse setor fizeram uma reflexão sobre como prosseguir com esses novos protocolos.


Buscando inovação para que pudessem caminhar junto às mudanças de valores e da maneira de consumir, muitos empreendedores repensaram seu modelo de negócio e migraram para os canais digitais. Segundo o relatório The State of Fashion 2021: In search of promise in perilous times — desenvolvido pela empresa de consultoria empresarial americana McKinsey & Company — ‘dados recentes mostram que avançamos cinco anos na adoção do digital por consumidores e empresas em questão de meses. Em todo o mundo, esperamos um crescimento digital anual de mais de 20% em 2021 (com 30% na Europa e nos Estados Unidos) em comparação a 2020.’


A criação de looks de alta costura desenvolvidos pelo anteriormente citado Institute of Digital Fashion (IoDF) é um exemplo de como a moda e o meio digital podem andar lado a lado, e o quanto essa aliança é benéfica. Para o desenvolvimento dos looks foi necessário recriar cada pérola, costura e ornamento digitalmente. Um software muito utilizado para desenvolver peças digitais é o CLO 3D. Ele conta com diversos recursos dentre eles design de padrão 2D, colorway, layout de impressão, renderização de imagens e vídeos, etc.


Outra artimanha digital utilizada durante esse momento pandêmico foi o desfile digital. Marcas de alta-costura como Dior, Prada, Chanel e Valentino expuseram suas novas coleções através de desfiles que aconteceram sem a presença de público espectador, contando somente com modelos e cinegrafistas. Alguns dos desfiles foram exibidos ao vivo nas redes sociais das marcas, e depois disponibilizados no YouTube.

Uma das coleções mais comentadas e criativas durante esse período foi a de outono-inverno 2021 da marca de luxo Balenciaga, intitulada Afterworld: The Age of Tomorrow. A coleção foi desenvolvida por Demna Gvasalia, e seu formato remete a um jogo de videogame, que está disponível para todos que queiram jogar e o mais interessante é que os jogadores podem vestir seus avatares com as novas peças da coleção. Para o desfile foi criada uma passarela e até mesmo uma plateia virtual, os “convidados” receberam um kit com equipamentos necessários para uma imersão total em realidade virtual.


Com toda certeza o meio digital veio para ficar, certamente irá crescer cada vez mais e trará conquistas inimagináveis para o setor da moda.





Referências


ARMED, Imran; BALCHANDANI, Anita; BERG, Achim; HEDRICH, Saskia; JENSEN, Jakob Ekeløf; RÖLKENS, Felix. The State of Fashion 2021: In search of promise in perilous times. McKinsey & Company, 2020.

 
 
 

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